entre o sol e a terra

respirar

"Tudo lhe parecia envolvido numa atmosfera negra que flutuava confusamente no exterior das coisas e o desgosto engolfava-se-lhe na alma com uivos brandos, como faz o vento no Inverno nos castelos abandonados. Era aquele sonhar com o que não voltará mais, a prostração em que se fica após cada facto consumado, enfim, essa dor provovada pela interrupção de qualquer gesto habitual, pela cessação brusca de uma vibração prolongada."

choques eléctricos atravessam-me a cabeça

a carcaça da cidade engole-me viva

dimensões absorvidas pelo sabor da noite em câmera lenta

marcar para sempre o que faz parte para o podermos sentir correr nas veias